“Desnudou-o” impacientemente.
Deixou que lhe tocasse os lábios e abocanhou-o selváticamente.
Chupou-o, trincou-o, envolveu-o na carne quente e húmida da sua boca.
Ele... diluiu o leite espesso naquela escaldante saliva.
Ela... puxou de um “kleenex” e arrastou-o num rosto enlambuzado.
Não satisfeita, retirou o último caramelo que lhe restava.
“Desnudou-o”, impacientemente.
...
Para além do ser ou não ser dos problemas ocos…
penso em sexo.
(Logo… existes.)
No ambiente noctívago de um Alvor “estrangeirado” deambulava por ruelas enxameadas de loiras, ruivas e morenas sem no entanto ficar cativado por algo que lhe despertasse aquela “sede” abrupta que, quando mitigada, o deixava abstraído da existência.
No seu pensamento, apenas o compromisso que tinha para com ela. Eleita entre as muitas que lhe haviam tocado os lábios... era a única!
Encorpada, mas escultural. Perfumada, mas discreta.
Toco-te.
As minhas mãos sentem os traços do teu rosto.
No meu rosto o ar quente do teu respirar desperta suavemente o acordar de um beijo que, calmo, se espraia no mar de saliva das nossas bocas.