Segunda-feira, 26 de Novembro de 2007

SOMNIU

Sonha com um sonho há muito sonhado.

Sonha-o como um sonho que se sonha...

e que talvez nunca encarne.

Mas sonha!

 

(Porque sonhar... é isso mesmo.)

publicado por A. Carvalho às 09:13
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Segunda-feira, 19 de Novembro de 2007

CORNU

As mamas, trabalhadas como Miguel Ângelo trabalhou o mais fino mármore de Carrara, transbordam volúptia, sensualidade.

- Foram-lhe “oferecidas” por um namorado fanático das grandezas!

O rabo, digno da sensibilidade de Cargaleiro, convida ao toque, à apalpação.

- Foi “patrocinado” pelo seu amante, apreciador das “bundas” de Vera Cruz!

O rosto… bem, o rosto é uma intersecção das pinceladas de Da Vinci, das excentricidades de Dali ou dos devaneios de Picasso.

- Resultou de ocasional capricho proporcionado por mero deslumbramento pedântico de um industrial da construção civil!

Ele, o mais íntegro (?) de todos, seu marido, espera…

 

… e espera tão só que a medicina lhe permita “apadrinhar” a tão necessária “plástica” ao cérebro que ela urgentemente necessita (sic)!
publicado por A. Carvalho às 08:20
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Segunda-feira, 12 de Novembro de 2007

EXAGIU (TRÊS)

Os olhos, fixos nos olhos que se esbatiam no espelho mostravam-se alheios ao ziguezaguear da fria lâmina que ia escanhoando a pele.

Nas faces, cobertas de uma espuma que lembrava neve, imaginou-se a deslizar, encosta abaixo, rumo a um fim de dia (mais um) repetitivo e monocromático.

Por momentos, imaginou que poderia surgir uma nova cor!

Mas… porque haveria de surgir uma nova cor? Que tonalidade lhe daria o prazer que procurava (se é que procurava)?

 

Uma gota de sangue, vermelha, viva, brotou da sua face como que acordando-o para a realidade.

publicado por A. Carvalho às 07:38
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Segunda-feira, 5 de Novembro de 2007

REPRAESENTARE

É o dia da morte!

Os “zombies” celebram sobre um frio naco de terra vidas defuntas encarnadas em pindéricos “bouquets” incolores de sentido.

As lágrimas, forçadas, insossas, fétidas, jorram de “máximas cloacas” profundas, longas, cor de breu… cumprindo o ritual.

São os vivos, mortos, a representar sem tino na cínica tina da vida.

 

No dia de finados (ou de refinados hipócritas).
publicado por A. Carvalho às 07:32
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