A meio de uma normalíssima tarde de Outono ele cruzou-se com ela, no átrio de um hotel.
Ele e ela trocaram cumprimentos, sorrisos e seguiram o seu destino, cada um com a sua companhia, deixando no ar um comprometedor até logo!
Reencontraram-se, já a noite havia tragado a cidade.
Beijaram-se, jantaram, mimaram os miúdos e deixaram-se ficar, na varanda, cúmplices...
a conversar apaixonadamente sobre o fim-de-semana que se aproximava.
A "charrua" do tempo, implacável, vai traçando sulcos, profundos, na carne surgida da terra...
que terra, num futuro incerto, pó será.
Incontornável circum-navegação, esta... a da vida.
Cansado de esperar pela "cara-metade" dos seus sonhos...
mergulhou, de cabeça, nas poupanças económicas de toda uma vida!
...
Faleceu, pouco depois, abruptamente, afogado num infinito oceano de dívidas (sic).
"Pintar ou fazer Amor" (?)
Talvez fazer amor!
Porque fazer amor é pintar a várias mãos...
na suculenta e excitante tela de "mil" e um corpos.